Colegas:
Realizou-se hoje na Reitoria da Universidade de Coimbra uma reunião de discussão relativa ao processo de avaliação de desempenho, que foi meramente preliminar em relação ao processo de audição previsto no ECDU, e em que por parte do SNESup estiveram presentes os membros da Direcção Nuno Ivo Gonçalves e Paulo Peixoto.
Tendo recebido formalmente em 29 de Janeiro (6 ª feira) o documento neste momento em debate público, que está previsto venha a constituir um anexo técnico do futuro Regulamento, o SNESup apresentou por escrito ontem (2 ª feira) um contributo preliminar, que juntamos em anexo, ressalvando que poderá modificar a sua apreciação em função das opiniões que venham a ser expressas pelos seus representados.
No nosso contributo houve a preocupação de chamar a atenção para que:
– todos os princípios acolhidos no ECDU devem ter tradução no regulamento;
– se impõe a produção de normativos específicos para assistentes e assistentes estagiários, por um lado, e para pessoal especialmente contratado, por outro;
– é necessário regular a ponderação curricular relativa aos anos de 2004 a 2009, em relação às quais não deve haver retroacção da definição de objectivos.
Deixámos expresso que nos identificamos com a preocupação de a introdução da avaliação de desempenho não introduzir perturbações na actividade docente, consideramos interessante a figura da avaliação qualitativa que entendemos deve ser utilizada de forma mais ampla e a forma de determinação da nota final, que podem atenuar as distorções decorrentes do recurso cego a métricas de desempenho.
A discussão decorreu em clima muito cordial e construtivo, para a qual contribuiu em muito o Senhor Vice-Reitor Henrique Madeira, responsável pelo processo e pela convocação da reunião, sendo de assinalar que:
– foi entendida a nossa ideia de que há contributos científicos que só são reconhecidos tardiamente ( o que justificaria uma revisão da classificação dos períodos cuja avaliação já estivesse encerrada) mas contraposto pela Reitoria que os factores de impacto podem influenciar os períodos seguintes;
– poderá vir a haver convergência em torno da possibilidade de identificar mais circunstâncias em que se justificará a neutralização do factor “avaliação” dos inquéritos ministrados aos alunos (demos o exemplo de inquéritos respondidos por alunos que não frequentaram as aulas) , preferindo a Reitoria que tal tenha lugar a montante do processo de avaliação e não no quadro deste.
Apurámos que o regulamento não explicitará as repercussões salariais da avaliação de desempenho, mas houve lugar a uma troca de impressões sobre o assunto.
Aguardamos que os colegas nos indiquem aspectos da proposta que mereçam crítica ou aperfeiçoamento e não tenhamos realçado no contributo apresentado.
Saudações académicas e sindicais
A Direcção do SNESup
2-2-2010
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