Colega
Várias universidades detêm saldos de gerência e excedentes orçamentais e no entanto persistem nas políticas de degradação das condições de trabalho dos docentes, não renovação dos quadros, não cumprimento dos rácios entre categorias, subversão das cargas letivas aplicadas aos docentes convidados, contratações sem remuneração, etc.
Os responsáveis por estas instituições preferem entesourar a investir de forma a cumprir as missões que assumiram. Vivem literalmente sentados em cima dos respetivos potes de dinheiro, que totalizam 67 milhões de euros!
Ora para pagarem todas as valorizações remuneratórias conquistadas por mérito as instituições precisariam apenas de 17 milhões de euros. Por que não pagam então? Porque não premeiam o mérito conquistado a pulso, mesmo em tempos de crise, pelos seus docentes e investigadores?
Trata-se, sem dúvida, de uma questão cultural, da cultura dos responsáveis pelas instituições. É urgente uma nova geração de dirigentes orientados para o desenvolvimento harmónico do sistema. Estamos fartos de Tios Patinhas!