Sindicato pede rapidez na criação do estatuto docente do ensino superior privado

04/23/2019 | Recortes de Imprensa

TSF, Por Filipe Santa-Bárbara e Gonçalo Teles
23 Abril, 2019 • 00:28


O presidente do Sindicato Nacional do Ensino Superior defende que, se é intenção do Governo avançar com a criação do estatuto da carreira docente do ensino superior privado até ao final da legislatura, tal processo deve ser iniciado o mais brevemente possível.

O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, manifestou esta segunda-feira a intenção de avançar com a criação do estatuto e, ouvido pela TSF, Gonçalo Velho desafia o governante a marcar já uma reunião de trabalho, até porque “o tempo urge”.

“Só depende de o ministro nos indicar o dia e a hora de reunirmos. Este é um trabalho que tem de ser iniciado urgentemente porque tem alguma morosidade”, alerta o presidente do sindicato, garantindo que a reunião pode ser “já amanhã”.

Alertando para a necessidade de passar das intenções à ação, Gonçalo Velho considera que o setor precisa de regulação urgente por estar dominado pela precariedade, e critica o Governo pelo que diz serem muitos meses de silêncio.

“Não temos informação de qualquer agendamento por parte do ministério. Temos apenas um silêncio que se arrasta há mais de um ano e que se torna, neste momento, insuportável. Até porque a realidade dos números mostra que este problema está a aumentar”, denunciou o líder sindical antes de revelar os números.

“Temos pouco mais de 7.000 docentes no ensino superior privado e mais de 3.500 estão em situação precária, têm contratos a tempo parcial. A realidade da precariedade é ainda maior: 80% dos vínculos com o ensino superior privado são contratos temporários, a termo ou a recibos verdes. 60% dos contratos precários são a recibos verdes”, explica.

Contactado pela TSF, o ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior informou que o calendário para a criação do estatuto docente do ensino superior privado já está em preparação.

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