Colega,
as medidas temporárias de contenção e prevenção do COVID-19 colocam desafios importantes, que incluem uma maior utilização do ensino à distância.
Dada a sua importância, há algumas questões fundamentais que importa ter presente:
– O ensino à distância é um recurso complementar, que não substitui o ensino presencial e que requer uma adaptação.
– A experiência com os Cursos Online Abertos e Massivos (Massive Open Online Courses- MOOC) demonstra que na passagem para o online não se faz o mesmo que se faz presencialmente, sendo que nunca substitui a experiência do contacto direto. Esta é uma realidade própria, que requer soluções e adaptações, realizadas com profissionalismo.
– Não se trata de meramente gravar e/ou transmitir online as aulas expositivas.
– As sessões síncronas (através de ferramentas como Colibri, o VideoCast, o Zoom, o OpenMeetings, o Skype, o Hangouts, ou o Youtube) devem ser operacionalizadas sobretudo para esclarecimento de dúvidas e para debate.
– As sessões síncronas não são um método de controlo de assiduidade, nem para manter as pessoas ocupadas.
– As atividades devem estar corretamente planeadas e articuladas entre os colegas que lecionam a um mesmo curso, devendo ser indicado com clareza os objetivos das atividades e os temas em estudo, incluindo os recursos de apoio e os prazos para as diversas tarefas.
– As atividades propostas devem ser diversificadas, combinando a leitura de textos com a elaboração de fichas de leitura (e outros trabalhos escritos), dinamização de forums online, indicação de videos relevantes para serem visualizados e debatidos ou sintetizados, entre outros.
– Deve-se ter em atenção as condições dos alunos, dado que muitos terão dificuldades de acesso aos conteúdos e não dispõem de condições favoráveis a assistir às sessões síncronas, tanto mais quanto as medidas de recolhimento implicam um confinamento familiar.
– Cada instituição tem o seu ambiente de ensino à distância (Moodle, BlackBoard, etc), que serve para organizar as diferentes atividades propostas aos alunos, prazos e forma de interação.
– Cada instituição deve disponibilizar informações sobre as ferramentas disponíveis, bem como ações de formação online facultativas (há quem conheça muito bem e há quem desconheça de todo).
– É de utilizar as ferramentas disponíveis pela Fundação de Cálculo Científico Nacional-FCCN (bem resumidas neste artigo)
– Os pacotes Office 365 (disponibilizado por grande parte das instituições) ou as ferramentas de trabalho colaborativo da Google possuem também ferramentas úteis para o trabalho online e colaborativo, desde a partilha de ficheiros (OneDrive e Google Drive) a ferramentas como o Team.
– Em várias universidades e politécnicos em Portugal e noutros países estão a surgir mais recursos, informações e orientações para apoiar a resposta aos desafios da adaptação ao ensino a distância nas atuais circunstâncias, os quais o SNESup procurará partilhar nos próximos dias.
– A conversão para o ensino à distância exige aprendizagem, tempo e prática.
– O nosso contributo como docentes é fundamental para manter as dinâmicas de aprendizagem significativas para os alunos, através de processos diferentes e diversificados, que contribuem para ultrapassar este momento difícil.
Perante a situação que estamos a viver é fundamental que possamos desenvolver os laços de comunidade. O SNESup encontra-se aberto às sugestões e contributos de todos, incluindo informações sobre a constituição de grupos e comunidades de apoio.
É fundamental sabermos agir em comunidade.
Incentivamos a utilização dos nossos meios nas redes sociais Facebook e Twitter.
Juntos somos mais fortes. #éparacumprir