Colega,
Fomos alertados para algumas práticas de controlo de assiduidade exacerbado no Instituto Politécnico de Tomar.
Segundo a informação que nos foi relatada, tais práticas envolviam a necessidade de envio de capturas de ecrã de vários momentos de sessões síncronas, monitorização por funcionários e outras práticas que revelam uma grande desconfiança sobre o trabalho dos docentes, avançando mais num registo autocrático de vigilância, do que a cooperação e solidariedade exigidas num momento como estes.
Tratam-se práticas que são atentatórias de direitos fundamentais em vigor, não devendo de forma nenhuma ser seguidas.
Perante a gravidade do que nos foi comunicado, contactámos o Presidente do Instituto Politécnico de Tomar, tendo já recebido a resposta da Presidência do Instituto.
Tempos extraordinários exigem solidariedade e cooperação. Os docentes do Instituto Politécnico de Tomar têm dado o seu melhor contributo, disponibilizando até os seus meios pessoais para que a instituição possa continuar a funcionar. Se tal acontece em muito a eles se deve e são eles a parte fundamental para qualquer solução.
Por esse motivo, é despropositado e não faz qualquer sentido a instauração de mecanismos autocráticos, de vigilância e coação.
Deve sim demonstrar-se o enorme reconhecimento pelo esforço que está a ser feito por todos, contribuindo para o reforço da solidariedade e da cooperação, procurando dar apoio e os meios necessários.
É esse o caminho que estamos certos será desenvolvido no Instituto Politécnico de Tomar.
Estamos a acompanhar em contínuo a situação em todas as instituições de ensino superior e ciência.
Todas as questões relativas às condições de trabalho nesta situação extraordinária podem e devem nos ser comunicadas.
#éparacumprir
Saudações Académicas e Sindicais
A Direção do SNESup
26 de março de 2020