Governo exclui Superior da vacinação prioritária

03/12/2021 | Comunicados, Destaque 2

Colega,

foi ontem anunciada a reabertura das atividades presenciais no Ensino Superior a partir de 19 de abril. Todavia temos registado um total silêncio do Governo sobre a vacinação no Ensino Superior havendo apenas orientações vagas sobre a testagem nas universidades e politécnicos, num documento que ontem foi divulgado pela Direção Geral de Ensino Superior com um conjunto de recomendações.

Com este documento concluímos que todos os docentes, investigadores e pessoal não docente estão excluídos do plano de vacinação prioritário, ao contrário do que vai acontecer para o Básico e Secundário.

O documento da DGES também nada refere sobre as medidas transversais a nível nacional para o regresso presencial às aulas, com a tutela de Manuel Heitor a passar a responsabilidade para as instituições no quadro da respetiva autonomia.

Mais uma vez o Ensino Superior foi esquecido pelo Governo, sendo já inúmeras as vezes em que é revelado o desrespeito pelos docentes do Superior. Desde o início da pandemia, em todos os momentos temos registado uma ausência total de esclarecimentos ou de referências ao setor tanto por parte da ministra da Saúde como do ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

O SNESup já tinha escrito à Direção-Geral de Saúde, ao Conselho de Reitores e ao Conselho Coordenador dos Politécnicos a pedir esclarecimentos sobre os planos previstos sobre a testagem e a vacinação prioritária para os docentes e não docentes, tanto do ensino público como do privado. Até à data não houve respostas.

Recordamos que, em Portugal, cerca de 63% dos docentes do Superior público e privado têm entre 40 e 60 anos e cerca de 15% mais de 60 anos (dados da DGEEC referentes a 2018/19), sendo um dos países da União Europeia com a maior fatia de docentes envelhecidos.

Voltamos a exigir, por isso, que tanto os docentes e investigadores como o pessoal não docente sejam incluídos no grupo prioritário de vacinação e que seja desenhado um plano nacional e uniforme de testagem massiva. Só assim é possível travar possíveis surtos nas instituições de ensino superior.

Não vamos aceitar que os docentes, investigadores e não docentes do Ensino Superior público e privado fiquem para trás e que continuem a ser ignorados pelo Governo, com um ministro ausente.

#éparacumprir

Saudações Académicas e Sindicais,
A Direção do SNESup
12 de março de 2021

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