JAN-FEV-MAR 2022
A importância do tema justifica que este número da Revista lhe seja consagrado.
Na rubrica Vida Sindical, Mariana Gaio Alves destaca o subfinanciamento do Ensino Superior, com tendência a procurar recursos na mercantilização. Menciona ainda como a participação na democracia das instituições está comprometida pela exclusão de um número muito significativo de investigadores e docentes. O artigo de Anne Roger, Christophe Voilliot e Michel Maric insiste igualmente no retrocesso democrático e na potencial ameaça da mercantilização do ensino superior, a que se junta a sua burocratização. O texto de Saïd Khalil relata episódios de violação dos direitos humanos em Birzeit. Desde a criação da Universidade, estudantes e professores tornaram-se num alvo constante dos ataques israelitas.
Em Organização do Ensino, Luís Fernandes traz-nos uma reflexão muito oportuna sobre o sentido e as implicações das Comissões de Ética na investigação; e João Mineiro, sem se centrar exclusivamente sobre o tema da liberdade académica, vem demonstrar de forma muito clara, através dos dados coletados, de que modo o RJIES tem vindo a contribuir para a diminuição de docentes e não docentes nos processos de participação democrática das instituições.
Na secção Jurídica, Rita d’Eça fala-nos sobre a apatia dos docentes e investigadores, relativamente à inexistente ou escassa pronúncia sobre Regulamentos que tantas implicações têm no exercício da profissão.
Neste número da Revista, a nova secção, SNESup nos meios de Comunicação Social, faz o balanço do trimestre em termos de intervenções reivindicativas e estratégicas no setor do Ensino Superior e Ciência.