Assédio
A categoria referente a “assédio” inclui menos excertos, mas que descrevem situações de enorme gravidade. A ausência de oportunidades de progressão, desqualificação e precariedade configuram contextos de trabalho hostis, em que os direitos dos trabalhadores, frequentemente, não são respeitados, com prejuízos para a saúde de muitos docentes e investigadores.
Alguns testemunhos descritivos da categoria “assédio”:
“Optei pela não renovação do contrato para 2022 depois de três anos a sofrer assédio laboral (um assédio tão perverso que nunca deixou provas nem testemunhas), o que resultou num quadro de saúde que atualmente requer acompanhamento psiquiátrico”.
“Péssimas condições de trabalho, ameaças e pressão interna, e mais de 360 horas de docência anual”.
“Esclavagismo sempre sobre a ameaça de despedimento”.
“Apesar de estarmos há muito tempo na instituição sofremos constantes ameaças de despedimento por parte de Professores Catedráticos (que não têm nada a perder nem sofrem quaisquer consequências). Existe um grande desequilíbrio entre Professores e investigadores (sem nenhuns direitos). A instituição não tem uma estratégia clara de contratações nem um plano de desenvolvimento de carreira. A gestão é altamente incompetente e os investigadores são considerados descartáveis.”
“As condições precárias muitas vezes não são as físicas, mas as do relacionamento entre os colegas de trabalho e entre a hierarquia entre os professores, tornando o ambiente de trabalho contraproducente e adoecido, principalmente para os recém-contratados que querem fazer algo de diferente e inovar”
“Obrigado pelo vosso trabalho, vale muito mais do que os agradecimentos que recebem… pois permite aliviar um clima em que governa, muitas vezes, o medo entre colegas. Colegas que deveriam ser… Colegas”.