Passaram 35 anos desde que os colegas fundadores se juntaram em reação a uma decisão que retrocederia a evolução dos salários, um novo sistema retributivo para os docentes do ensino superior que desindexou os seus salários aos dos magistrados.
As lutas do sindicato continuam, nos dias de hoje, pela valorização dos salários, por um sistema de avaliação mais justo, pelas carreiras na docência e investigação e contra a precariedade na ciência.
Comemorou-se ontem o Dia Mundial do Professor, uma data criada pela UNESCO em 1994. No caso dos professores do ensino superior em Portugal, esta evocação reforça a pertinência das nossas reivindicações em torno de mais e melhores condições de trabalho docente nas universidades e politécnicos.
Foi já no início de 2020 que foram homologados os resultados da avaliação de desempenho dos docentes do IPP referentes ao triénio 2016-2018.
Passado um ano e meio, e apesar dos variados contactos desenvolvidos pelo SNESup, continuamos a aguardar o cumprimento da principal consequência do processo de avaliação de desempenho: as progressões remuneratórias.
Como todos saberão, o RADD do IPP prevê expressamente que as progressões são obrigatórias sempre que um docente acumula 10 pontos. Foi o que aconteceu nas progressões efetivadas em 2018 referentes ao período 2004-2015.
Inicia-se mais uma semana de atividades letivas presenciais, sem que os docentes e investigadores do Superior estejam incluídos no plano de vacinação prioritária e com a testagem a decorrer com deficiências. Voltamos a apelar, por isso, a que nos comuniquem todas as situações em que considerem existir riscos acrescidos de contágio para que as possamos denunciar de forma ainda mais forte junto das autoridades de saúde. É muito importante que consigamos acompanhar a evolução da situação.
Alguns docentes recorreram ao pré-aviso de greve emitido em Outubro último pelo SNESup e não lecionaram quando verificaram que não estavam reunidas condições mínimas de segurança sanitária. Não queremos mais do que exercer a docência nas melhores condições de segurança, para minimizar riscos de contágio e prevenir surtos.
Apesar da decisão do Governo e MCTES, na Universidade da Madeira já todos os profissionais foram vacinados esta semana. Trata-se de uma iniciativa muito positiva das autoridade regionais que evidencia a fragilidade dos argumentos mobilizados para nos excluir da vacinação prioritária, reconhecendo a importância da mesma para o funcionamento adequado das universidades e politécnicos em contexto pandémico.
Apelamos a que nos sejam comunicadas situações de risco e de contágio de que tenham conhecimento. É muito importante acompanharmos a evolução da situação nas próximas semanas.
o regresso às aulas presenciais, desejado por docentes e alunos do Ensino Superior, vai ter lugar na próxima segunda-feira. Mas este é um regresso agridoce tendo em conta que não estão garantidas todas as condições de segurança para a saúde de todos nós. Mais uma vez, o Governo decidiu desvalorizar e desrespeitar todos os docentes, não docentes e estudantes do Ensino Superior, ao decidir excluir da vacinação prioritária todo o setor. Está agora nas mãos de todos nós recorrer à greve, convocada pelo SNESup por tempo indeterminado, sempre que consideremos que não estão reunidas as condições de segurança sanitária para realizar uma dada atividade letiva, protegendo-nos a nós mesmos e aos estudantes.