Hoje assinala-se o Dia Nacional da Cultura Científica. É tempo de saudar e valorizar todas e todos aqueles, investigadores científicos e docentes do ensino superior, que têm contribuído para o desenvolvimento da ciência e do sistema científico nacional.
Neste dia relembramos a importância e o contributo indiscutível da ciência para o desenvolvimento humano e progresso social e económico dos países. Importa, também, recordar que a inovação e evolução científica só são possíveis capacitando e dotando o setor de recursos e um forte investimento.
Comemorou-se ontem o Dia Mundial do Professor, uma data criada pela UNESCO em 1994. No caso dos professores do ensino superior em Portugal, esta evocação reforça a pertinência das nossas reivindicações em torno de mais e melhores condições de trabalho docente nas universidades e politécnicos.
Foi já no início de 2020 que foram homologados os resultados da avaliação de desempenho dos docentes do IPP referentes ao triénio 2016-2018.
Passado um ano e meio, e apesar dos variados contactos desenvolvidos pelo SNESup, continuamos a aguardar o cumprimento da principal consequência do processo de avaliação de desempenho: as progressões remuneratórias.
Como todos saberão, o RADD do IPP prevê expressamente que as progressões são obrigatórias sempre que um docente acumula 10 pontos. Foi o que aconteceu nas progressões efetivadas em 2018 referentes ao período 2004-2015.
Inicia-se mais uma semana de atividades letivas presenciais, sem que os docentes e investigadores do Superior estejam incluídos no plano de vacinação prioritária e com a testagem a decorrer com deficiências. Voltamos a apelar, por isso, a que nos comuniquem todas as situações em que considerem existir riscos acrescidos de contágio para que as possamos denunciar de forma ainda mais forte junto das autoridades de saúde. É muito importante que consigamos acompanhar a evolução da situação.
Alguns docentes recorreram ao pré-aviso de greve emitido em Outubro último pelo SNESup e não lecionaram quando verificaram que não estavam reunidas condições mínimas de segurança sanitária. Não queremos mais do que exercer a docência nas melhores condições de segurança, para minimizar riscos de contágio e prevenir surtos.
Apesar da decisão do Governo e MCTES, na Universidade da Madeira já todos os profissionais foram vacinados esta semana. Trata-se de uma iniciativa muito positiva das autoridade regionais que evidencia a fragilidade dos argumentos mobilizados para nos excluir da vacinação prioritária, reconhecendo a importância da mesma para o funcionamento adequado das universidades e politécnicos em contexto pandémico.
Apelamos a que nos sejam comunicadas situações de risco e de contágio de que tenham conhecimento. É muito importante acompanharmos a evolução da situação nas próximas semanas.
o regresso às aulas presenciais, desejado por docentes e alunos do Ensino Superior, vai ter lugar na próxima segunda-feira. Mas este é um regresso agridoce tendo em conta que não estão garantidas todas as condições de segurança para a saúde de todos nós. Mais uma vez, o Governo decidiu desvalorizar e desrespeitar todos os docentes, não docentes e estudantes do Ensino Superior, ao decidir excluir da vacinação prioritária todo o setor. Está agora nas mãos de todos nós recorrer à greve, convocada pelo SNESup por tempo indeterminado, sempre que consideremos que não estão reunidas as condições de segurança sanitária para realizar uma dada atividade letiva, protegendo-nos a nós mesmos e aos estudantes.